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sexta-feira, 20 de julho de 2007

MEA CULPA

Ou culpa inteira, sei lá... mas não to escrevendo – depois de tanto tempo – pra retratar nada que tenha escrito aqui. Talvez nada que eu tenha realmente falado, verbalizado, entende? Mas algo que pensei e pensei mesmo.
Sábado passado, minha namorada – que mora em Dublin, na Irlanda, caso eu não tenha comentado por aqui - me liga desesperada contando que perdeu na noite anterior sua carteira, com documentos, fotos e mais todos os cacarecos que sempre questionei porque ela carregava na carteira. A principio, pediu pra mim avisar seus pais para bloquear o cartão de crédito e tal, mas depois, conversando com mais calma, tentei convence-la de que tudo ia ficar bem, pois ela perdeu – provavelmente, até onde o álcool permite lembrar – num bar que freqüenta quase diariamente, onde vão muitos brasileiros e estudantes em geral para ouvir um rock e empinar alguns pints de cerveja irlandesa. Ou seja, que achasse sua carteira devolveria, afinal, ela está no 1º mundo!
Pois bem, uma semana se passou e nada da carteira. Errei feio. E mais feio ainda errei ontem a noite e é ai que vem a mea culpa. Ontem sai para ver o jogo do Grêmio com um amigo na cidade baixa, mais precisamente no famigerado Bell’s, na José do Patrocínio. Sentamos, vimos o morno empate de 0x0 entre o tricolor e o Goiás, toamamos mais uma ou duas e decidimos ir ao Villa Acústica, 4 quadras pra frente na mesma rua. E chegando lá, ao ir pagar uma ceva para meus amigos cuiabanos que lá encontrei, senti a falta de minha carteira! Sim, eu visualizei tudo muito rápido, afinal estava com uma calça que vez por outra “cospe” minha carteira do seu raso bolso caso eu não feche seu botão. Imagine ligeiramente que havia caído no chão do Bells e larguei em disparada pelas 4 quadras que separavam um bar do outro. Cheguei, mandei todo mundo levantar, olhei embaixo das mesas, no banheiro, atrás da privada, no lixo e nada... ainda deixei meu nome e telefone no balcão, caso alguém fizesse o favor de entregar, o que realmente não esperava. Tipo, não que tivesse grande coisa na carteira, não pra outra pessoa que na eu. Documentos, fotos, cartões (não eram de crédito) e míseros R$4,00 – sim, eu saio sem dinheiro e volto bêbado ainda por cima! – a única coisa que realmente tinha algum valor era a própria carteira, uma Cavalera com 2 meses de uso que ganhei de presente e que deve custar uma bába! Bom, voltando a jornada, fui até o Villa novamente e não convencido ainda voltei ao Bells mais uma vez ainda assim sem encontrar nada e ainda por cima parecendo um louco olhando embaixo das mesas das pessoas que tomavam tranqüilas as suas cervejas. Então, chegando pela 3ª vez ao Villa, completamente broxa e tendo interrogado meia dúzia de flanelinhas no caminho me toca o celular e avisa uma voz desconhecida aos meus ouvidos que minha carteira havia sido achada e entregue no Bells!!! Lá fui eu pelo caminho que devo ter amassado ontem entre Bells e Villa Acústica, reaver minha querida carteira. Pois bem, estava intacta, fora os R$4,00 estava tudo ali. Quem devolveu disse que estava atrás da privada, no banheiro... DUVIDO! Como eu disse, olhei no banheiro... suponho que quem achou a carteira, deu uma banda pra olhar dentro, pegou os 4 mangos e pra não dar satisfações jogou no banheiro pra alguém achar... ou até mesmo pode ter sido o cara que devolveu, afinal ele tava na mesa ao lado da minha todo o tempo em que estive lá bebendo! Mas isso realmente não importava, peguei 2 pilas que me restavam no bolso, mais um emprestado com uma amiga que passava e paguei uma ceva pra brindar com os caras. Fui até a mesa, agradeci servi os copos e brindei feliz e contente afinal, em plena terra brasilis, criticada, difamada e esculachada, como o próprio presidente disse agora esses dias que adoramos fazer, no que diriam ser uma das piores partes da Cidade Baixa, acharam e entregaram minha carteira e já não estava mais ferrada minha noite!
Já em Dublim...
Desculpa Brasil! Pode até ter sido uma exceção, mas foi muito bem dada nos meus dedos! Porem, nunca estive tão feliz de estar errado!
LUCAS ROSA

quarta-feira, 6 de junho de 2007

Que país é esse?

Inácreditável!!!!
Mas não, não é o DVD do Grêmio, nem nenhuma de suas façanhas em campo não. Inacertitável é a barbaridade que aconteceu em uma rádio de São Paulo essa semana e que ganhou repercução nacional as vésperas da decisão da semi-final da Libertadores entre Santos e Grêmio.
Um tal senhor, dito radialista e jornalista, e que atende pela "alcunha" de Jonas Greb (alcunha sim, por que bandido não tem nome!). Esse animal, num programa chamado "Santos, sempre, Santos", numa atidude muito além do debate futebolistíco, pois pra mim não é esse o ponto crítico desse discurso, agride o Rio Grande do Sul, seu povo e sua história. Dentre outras barbaridades, destaco este parágrafo:
"- Eles dizem que querem se separar do Brasil. Pois separem. Não precisamos do Rio Grande do Sul na bandeira do Brasil. Vão fazer o país das "bichonas"... Pro inferno todo gaúcho e todo gremista. Não servem para ser brasileiros. Não são gente, são bandidos." (Jonas Greb)
Discução entre torcidas, bate boca, chingamento... disso o Orkut tá cheio, num nível de infantilidade absurdo, porém compreencível. Porém, o que esse cidadão fez, com um microfone na mão, em tempos de internet onde qualquer informação circula mais rápido que o vento é de uma completa irresponsabilidade! É um atentado aos direitos de mídia e do cidadão!
Espero eu, que o Ministério Público gaúcho, ou qualquer outro orgão que tenha competencia para isso já esteja agindo contra esse sujeito?! Que os advogados do Grêmio de Futebol Porto Alegrense já tenham encaminhado pilhas de processos contra esse demente!
O tal Jonas, entrevistado por várias rádios e jornais gaúchos, pediu ridículas desculpas a quem se sentiu ofendido e disse que aquilo é uma coisa interna, só pra Santos e que não deveria chegar aqui! Pelo amor de São Guinefort! Quer dizer que numa rádio local tu pode falar bárbaridades sobre pessoas de outro lugar sem problemas por quê não era pra eles ouvirem??? Que isso não gera problemas? Pior ainda, falando isso apenas para Santistas, ás vésperas do jogo ele espera o que? E ainda diz duzentas vezes que é "contra a violência", mas que os gaúchos tem que ser tratados da mesma maneira em São Paulo!
Tchê, é indignante mas não é de agora que existe esse tipo de irresponsabilidade por parte dos formadores de opinião do país, e muito menos se restringe ao futebol, pode ter certeza. Basta lembrar que a prisão que levou Caetano e Gil a se exilarem foi em decorrencia de um absurdo desse tipo! Assim como o tal Jonas Greb afirma que aqui no sul erguemos uma estátua do Maradona com os dizeres "Maradona é melhor que o Pelé", um radialista dos "bons tempos" da repressão no Brasil disse em seu programa que Caetano e Gil, e deterinada parte do seu show Tropicália, cantavam o Hino Nacional com uma letra pornográfica e depois cuspiam na bandeira do Brasil! Óbvio que isso não acontecia, mas antes de perguntar, prenderam os dois, rasparam suas cabeças e depois de algum tempo é que foram interrogá-los. E a primeira pergunta de Caetano foi "só quero saber, por quê estamos presos?". Bom, mas esta já é outra história. Outra entre tantas de irresponsabilidade da mídia para com o cidadão.
O pior, não é só aberração desse cara ter o direito de falar num microfone pra sei lá quantas centenas de pessoas. O pior é a credibilidade que um cara desses tem, pois pasmem, ele é suplente de Deputado Estadual em São Paulo!!!!! Tchê, não da dá pra crer que um estado elege o Clodovil, deixa uma abobado desses de suplente de Deputado e querem falar dos gaúchos... as penso, lá no fundo mais irracional (ou não) do meu ser, se não tinha que separar mesmo!
O bom é que hoje a bola rola e mostraremos pra eles o valor gaúcho e tricolor.
Aos 400 torcedores gremistas que lá estarão, espero que ninguém se machuque, pois só assim a festa será completa!! E DÁ-LE GRÊMIO!!!
Lucas Rosa ESCUTE O QUE O JORNALISTA FALOU:

domingo, 25 de março de 2007

O poder do SPAM!

SPAM: é uma mensagem eletrônica não-solicitada enviada em massa. Na sua forma mais popular, um spam consiste numa mensagem de correio eletrônico com fins publicitários. O termo spam, no entanto, pode ser aplicado a mensagens enviadas por outros meios e noutras situações até modestas. Geralmente os spams têm caráter apelativo e na grande maioria das vezes são incômodos e inconvenientes. (fonte: wikipédia.com) Pois bem, quem nunca recebeu uma destas malditas mensagens? Correntes que vão lhe matar se voce não repassar para 50 amigos ou lhe trazer o seu grande amor em 20 dias se seguir as regras; menininha com tumor no cérebro que recebe da AOL um centavo a cada mail re-enviado; “invasão da Amzônia”, “seu Orkut desaparecerá”, “celurar causa impotencia”; e diversas outras mensagens sem sentido, mas que muitas vezes acreditamos (ou temos medo de duvidar) e repassamos, só pra garantir! Essa semana, recebi o seguinte mail de uma pessoa de confiança, que provavelmente se preocupou com o conteudo e só quis ajudar:
Precisamos impedir um desastre. Imaginem um lugar onde se pode ler, gratuitamente, as obras de Machado de Assis, ou A Divina Comédia, ou ter acesso às melhores historinhas infantis de todos os tempos. Um lugar que lhe mostrasse as grandes pinturas de Leonardo Da Vinci. Onde você pudesse escutar músicas em MP3 de alta qualidade. Pois esse lugar existe! O Ministério da Educação disponibiliza tudo isso, basta acessar o site: www.dominiopublico.gov.br. Só de literatura portuguesa são 732 obras! Estamos em vias de perder tudo isso, pois vão desativar o projeto por desuso, já que o número de acesso é muito pequeno. Vamos tentar reverter esta desgraça, divulgando e incentivando amigos, parentes e conhecidos, a utilizarem essa fantástica ferramenta de disseminação da cultura e do gosto pela leitura. Divulgue para o máximo de pessoas! Estação História Cultura e Patrimônio Rua Padre Adelino, 1095 - casa 02 - Belenzinho 03303-000 São Paulo-SP fone:(11) 6605-4882 fax:(11) 6606-5559 estacaohistoria@uol.com.br Então, também preocupado, conversava a respeito com um amigo que me disse também ter recebido essa mensagem a um certo tempo atrás. Este, ao invés de repassá-la, entrou no dito site e enviou um mail para saber detalhes sobre o possivel desaparecimento do site e lhe responderam que aquilo não passava de um boato e que o site não corria risco algum de sair do ar. Bah, quase que repassei a parada e era mentira! Se bem, pensei eu, que mal não fazia repassar, afinal de contas poderia com aquilo apresentar o site a uma cambada de gente que não o conhecia, funciona tipo o tal marketing viral. Mas mesmo assim, estaria perpetuando mais uma maldita mensagem mentirosa! Então, pra chegar a um acordo comigo mesmo, resolvi pazer esta postagem falando do assunto e já aproveitando para divulgar o site que realmente é uma ferramenta maravilhosa e totalmente gratuita disponibilizada pelo governo, afinal só reclamar dele e não aproveitar o que oferece de bom não adianta! Então entrem lá: http://www.dominiopublico.gov.br/ e bom proveito! Pois bem, muitas vezes repassamos, ou deletamos direto pela simples preguiça de averiguar a fonte de tais noticias. Fica a dica, inclusive para mim, de quando receber uma dessas mensagens e ela parecer ter alguma significancia, procurar se informar o mais próximo possivel da sua fonte. E isso serve para um monte de coisas, inclusive para o que lemos no dia-a-dia, jornais, sites, revistas, trabalhos academicos... Isso pode parecer um pouco mais trabalhoso, mas acho que vale a pena!
Lucas Rosa

terça-feira, 6 de março de 2007

Sobre Trotes Universitários

Essa semana começaram as aulas de uma das maiores e mais importantes instituições de ensino do país, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Além da volta às aulas, recomeçam as manifestações de confraternização e inclusão dos ditos “bixos” no meio acadêmico, os chamados trotes universitários. Neste período de confraternização as crianças e pessoas de condição econômica menos favorável (pedintes, mendigos, órfãos...) dividem os semáforos de Porto Alegre com os novos universitários, pessoas que tem acesso à internet, celular, transporte, informação, cultura lazer, estudo e comida. Não estou eu a querer defender um ou outro, apenas destacar alguns pontos que me parecem pertinentes.

Há cerca de um ano atrás uma pessoa que já havia participado deste tipo de trote (pedir dinheiro nos semáforos) me relatou que em um dia se pode conseguir cerca de R$ 35,00. Ora, então em cinco dias serão R$ 175,00, certo? Digamos que em um curso qualquer tenham entrado 40 novos alunos, seriam então em uma semana R$ 7.000,00. Claro que nem todos conseguem arrecadar R$ 35,00 por dia e nem todos os 55 cursos da UFRGS participam deste modelo de trote. Então sugiro o seguinte cálculo:

- 15 cursos (notem que estou usando apenas 27% dos cursos da universidade)

- 30 alunos por curso

- média diária por pessoa: R$ 15,00

- dias da semana: 5

- total arrecadado por curso em uma semana (média diária por pessoa*dias da semana*alunos por curso): R$ 2.250,00

- TOTAL ARRECADADO POR TODOS OS CURSOS: R$ 33.750,00

Vejam bem, mesmo com todos os dados minimizados o total arrecado seria suficiente para comprar mais de 22 mil litros de leite (a R$1,49/l). Ou melhor, imaginem uma injeção de 33 mil reais na conta bancária de uma instituição de caridade anualmente? Com certeza não acabaria com o abismo social que presenciamos diariamente, mas certamente amenizaria a situação indigna de uma parte da população. Mas infelizmente não é esse o fim desta quantia. Ela será usada para financiamentos de festas (opa, aí vem mais lucro para os alunos!!!), melhorias de diretórios acadêmicos e outros que não tem muita relação com o ensino propriamente dito. Vale a pena contribuir?

Sabemos todos que uma grande parte das pessoas que entram na UFRGS (eu diria mais de 50%) se situam economicamente nas classes média e alta da sociedade. São filhos de empresários, médicos, advogados, proprietários de terra, comerciantes, entre outros. Passaram no vestibular e tem a sua vaga garantida, e isso eu não discuto. Agora, teremos nós que patrocinar as suas festas???

Mesmo assim não quero eu induzir o leitor a rejeitar este tipo de ação e nem a dar esmola nos semáforos. Para mim, dar condições de sobrevivência as pessoas, nem que sejam mínimas, é dever e comprometimento do Estado, porém devemos ter consciência da incapacidade deste de gerir políticas sociais e respeito às entidades que se dispõem a fazer o que o Estado não consegue. O trote, suas brincadeiras e a inserção dos novos alunos na universidade são ações válidas, mas será que a capacidade de acúmulo monetário não poderia ter outro fim?

Fica a aqui o meu protesto e a minha opinião de que enquanto a sociedade não mudar certos valores e costumes, não conseguirá dar início a um projeto constante rumo à igualdade social.

Um abraço a todos,

Spencer Bossardi.