Quando gosto MUITO de um filme, sempre acho difícil saber por onde começar uma resenha ou crítica. Se pelo visual e fotografia magníficos, se pelo elenco, pela edição, modo como se desenrola a história... mas dessa vez vou começar pelas polêmicas que o filme gerou!
O filme 300, adaptação da história em quadrinhos de Frank Miller e Linn Varley (publicada aqui como "Os 300 de Esparta"), narra a batalha “suicida” do Rei Leônidas de Esparta e seus 300 soldados conta o exército de milhões do “Deus-rei” Xerxes, da Pérsia. Até ai tudo bem, a história é bem conhecida, os caras foram lá pra morrer mesmo e servir de inspiração enquanto o exército Grego se mobilizava para depois sim botarem o tal Xerxes pra correr, beleza! Usam suas táticas de guerra apuradas diminuindo sua desvantagem numérica ao levar o confronto para o desfiladeiro de Thermopilae, os “portões quentes” (aqui traduzidos como Boca do Inferno), território onde os Persas tinham de atacar em pequenos contingentes. Por enquanto tudo certo... ainda!
Então entra o trabalho de Frank e sua esposa Linn. Nos quadrinhos, Xerxes, além de seus 3 metros de altura, possui visual diferente do habitual para os persas. Com a cabeça raspada, corpo quase nu, amplamente ornamentado com correntes e piercings de ouro. Xerxes é o retrato da vaidade e da prepotência de alguém que se acha um Deus. Ao transpor isso para as telas, o diretor Zack Snyder amplia isso , torna-o mais andrógeno, quase assexuado, o que também e plausível para uma “divindade”. Toda essa produção é graciosamente enriquecida pela atuação de Rodrigo Santoro no papel do tirano. Porém, Xerxes – tanto personagem quanto ator – são os maiores alvos de críticas por parte dos “entendidos”. No Irã, onde o filme foi proibido de ser rodado, foi considerado uma ofensa retratar um dos maiores reis de sua história daquele jeito GAY! Já no Brasil, uma implicância prévia com a presença do ator tupiniquim já se fazia notar desde o anuncio do filme. É a mania de achar que porque é bonito não pode ser talentoso. De remetê-lo aos seus papéis globais de novela, que nada mais é do que um ganha pão pra muitos atores, e descartar as excelentes atuações em cinema como em Abril Despedaçado e Bicho de 7 Cabeças. Sua atuação é magnífica, poderosa! Tanto Snyder quanto Miller ficaram encantados com o ator. Snyder disse que achar um ator bonito é fácil, já um bonito e talentoso é coisa rara! Rodrigo é o cara! E não me venha com churumelas...
quarta-feira, 4 de abril de 2007
300
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